sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Qual o futuro de um filósofo?


Inicialmente partimos da seguinte indagação: qual o mercado de trabalho para um “ser” que por opção, escolheu cursar e formar-se em Filosofia? Aparentemente a resposta dada pelo “senso comum” é enfática: Nenhum! A Filosofia não serve pra nada, quanto mais ser útil no mercado de trabalho!
Como todo bom filósofo é preciso partir da situação “problema” a fim de se argumentar e discutir a respeito dessas perturbações que rodeiam a mente daqueles que fizeram opção pela Filosofia, ou que estão pensando em tal hipótese.
Muitos pensam que um graduado licenciado na área de Filosofia pode, no máximo, se esforçar em dar aulas e receber de uma parcela dos seus alunos uma total antipatia e falta de interesse por ela. Mas não se engane as coisas não são bem assim, não são como aparentam ser!
Até aqui estávamos dentro da Caverna, no entanto, é preciso ter coragem, se soltar dessas correntes que nos prendem e acreditar que a nossa visão aqui dentro é muito limitada e sem perspectiva de um novo horizonte. Por isso, respondendo novamente a pergunta inicial podemos inferir que o mercado de trabalho para um filósofo é todo aquele que ele preferir, isto é, todo espaço é dele. Nossa! Quanta pretensão e falta de humildade! Mas o que se discute aqui não é isso, o que se pretende dizer é que o filósofo pode estar inserido onde melhor lhe convém e sentir-se bem para realizar seu ofício. Não se quer dizer aqui que a docência não tenha importância, que seja uma área secundária. Pelo contrario, o objetivo é mostrar as diversas possibilidades na qual um filósofo pode atuar. Além de estar capacitado para exercer a profissão de um educador como professor, o “indivíduo” que optou por Filosofia pode ser um excelente pesquisador, pois o que seria de nós sem aqueles que pensam noite e dia em problemas que simplesmente banalizamos e consideramos como sendo normais. Outra alternativa de se “dar bem” profissionalmente é desenvolver projetos. Mas como assim? É muito simples... pensa-se em um problema e desenvolve-se soluções para o mesmo. Isso a grosso modo, é o esqueleto diga-se de passagem, pois o filósofo não é superficial, mas está a procura daquilo que está além do que se considera. Para isso, o filósofo pesquisador deve procurar financiamentos, a fim de disponibilizar um capital para desenvolver seus projetos. Segue-se abaixo alguns links de sites com um breve relato da área de investimento dessas empresas que um filósofo e afins podem enviar suas idéias com o objetivo de serem “patrocinadas”.

Fundação Araucária: acessando o site: http://www.fundacaoaraucaria.org.br/. Você poderá encontrar maiores informações sobre os projetos patrocinados por essa instituição. Para se inscrever é necessário possuir vínculo empregatício com instituição de ensino e/ou pesquisa, legalmente constituídas, quer na forma de universidades, faculdades, institutos, fundações, sociedades científicas ou culturais, sem fins lucrativos, sediadas no Estado do Paraná. O coordenador proponente deverá estar em plena atividade de pesquisa em sua instituição de origem, não cabendo a ele a solicitação de apoio da Fundação Araucária quando ausente, ou em vias de afastamento temporário para quaisquer fins. Submeter as propostas por via eletrônica (Sigep), e encaminhar uma cópia impressa do resumo do projeto cadastrado, devidamente assinada pelo proponente/coordenador e pelo responsável da instituição, via correio eletrônico.
Financiamento foco: pesquisas em diversas áreas de conhecimento, cultural, científico, educacional, tecnológico e até pesquisas de cunho pessoal. No final da execução do projeto o coordenador proponente deve apresentar um relatório com as considerações de sua pesquisa.

Cnpq: (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) acessando o site: http://www.cnpq.br/ outras informações complementares estão disponíveis. É preciso preencher o formulário de bolsa individual ou através de uma instituição cadastrada, seguindo às modalidade: (Normas Gerais de Bolsas Individuais no País) Produtividade em Pesquisa (PQ) ; Critérios dos Comitês de Assessoramento ; Consulta PQ - Bolsas em Curso ; Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) ; Pesquisador Visitante (PV); Desenvolvimento Científico Regional (DCR) (*) ; Pós-Doutorado Júnior (PDJ) ; Pós-Doutorado Sênior (PDS) ; Doutorado-Sanduíche no País (SWP) ; Pós-Doutorado Empresarial (PDI) ; Doutorado-Sanduíche Empresarial (SWI). (Normas Gerais de Bolsas de Fomento Tecnológico); Curta Duração: Estágio/Treinamento No país (BEP) ; Especialista Visitante (BEV); Longa Duração: Iniciação Tecnológica Industrial (ITI) ; Extensão no País (EXP); Desenvolvimento Tecnológico Industrial (DTI) ; Especialista Visitante (EV) ; Apoio Técnico em Extensão no País (ATP); Bolsas Individuais no Exterior: (Normas Gerais de Bolsas Individuais no Exterior) Doutorado pleno (GDE); Pós-Doutorado (PDE) ; Doutorado Sandwich (SWE); Estágio Sênior (ESN); Treinamento no exterior (SPE); Estágio/Treinamento no exterior (BSP).
Financiamento foco: pesquisas de propriedade científica e tecnológica, o “produto final” é apresentação de relatórios com os resultados da pesquisa.

Capes: (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) acessando o site: http://www.capes.gov.br/ outras informações complementares estão disponíveis. A instituição desempenha papel fundamental na expansão e consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todos os estados da Federação. É necessário um cadastro a fim de que o projeto possa ser analisado e, conseqüentemente, financiado.
Financiamento foco: suas atividades podem ser agrupadas em quatro grandes linhas de ação, cada qual desenvolvida por um conjunto estruturado de programas:
avaliação da pós-graduação stricto sensu;
acesso e divulgação da produção científica;
investimentos na formação de recursos de alto nível no país e exterior;
promoção da cooperação científica internacional.

Gife: para outras informações acesse http://www.gife.org.br/. “O GIFE é a primeira associação da América do Sul a reunir empresas, institutos e fundações de origem privada ou instituídos que praticam investimento social privado - repasse de recursos privados para fins públicos por meio de projetos sociais, culturais e ambientais, de forma planejada, monitorada e sistemática.”
Financiamento foco: a rede de associados investe quase R$ 1 bilhão por ano em projetos variados. No ranking das áreas temáticas priorizadas destacam-se Educação, Cultura e Artes e Desenvolvimento Comunitário. O diferencial da Rede GIFE de Investimento Social Privado é a preocupação na construção de uma sociedade sustentável.
Por isso, procuram transferir para os projetos que financiam ou operam a cultura da gestão de recursos financeiros e humanos, planejamento, definição de metas e avaliação de resultados, buscando a cumplicidade da comunidade nas tomadas de decisão.

Fundação Roberto Marinho: acessando o site: http://www.frm.org.br/ estão disponíveis informações sobre financiamento de projetos e as exigências para tal. Quando o jornalista Roberto Marinho criou a Fundação Roberto Marinho, em 1977, havia poucas ações de responsabilidade social empresarial no Brasil. Ao reunir um grupo de parceiros em torno de uma causa social – levar educação de qualidade a milhões de brasileiros – a Fundação tornou-se um dos embriões do investimento social privado no país.
Financiamento foco: é mobilizar s pessoas da comunidade, por meio da comunicação, de redes sociais e parcerias, em torno de iniciativas educacionais que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da população brasileira.

Fundação O Boticário: acessando o site: http://internet.boticario.com.br/portal/site/fundacao/menuitem.22c30ee30efa19bae42a64973a108a0c/?epi_menuGrafico=Home estão as informações necessárias dos projetos que a instituição financia. “A Fundação O Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos, cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990, a instituição é a principal expressão da política de investimento social privado do Boticário, e nasceu do desejo do fundador da empresa, Miguel Gellert Krigsner, de empreender ações em prol da preservação da natureza como expressão da responsabilidade social.A atuação da Fundação O Boticário é nacional. Suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras organizações e sensibilização da sociedade para a causa conservacionista, contribuindo para o equilíbrio ecológico do planeta e para a manutenção da vida.”
Financiamento foco: projetos voltados a ações de proteção ou pesquisas que forneçam suporte à tomada de decisões para a conservação da natureza, em todos os biomas brasileiros e nas 27 unidades da Federação, incluindo o ambiente marinho. Entre os temas apoiados por meio desse programa estão à promoção da conectividade da paisagem e estudos dos impactos das mudanças climáticas sobre os ambientes naturais. Qualquer indivíduo pode mandar seu projeto a fim de que possa ser avaliado e passe por uma seleção.

Fundação Banco do Brasil: acessando o site: http://www.fbb.org.br/ informações complementares poderão ser adquiridas nas modalidades financiadas pela instituição.
Financiamento foco: ações que viabilizem a inclusão da população em programas sociais e prevê a adoção de medidas em vários campos, como alimentação, saúde, educação, emprego e habitação.

BNDES: (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) acessando o site: http://www.bndes.gov.br/ (Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura – PRODEC) informações adicionais encontram-se disponíveis.
Financiamento foco: apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Desta ação resultam a melhoria da competitividade da economia brasileira e a elevação da qualidade de vida da população.“No mês de outubro de 2006, foi aprovado o PROCULT - Programa de Apoio à Cadeia Produtiva do Audiovisual, voltado para o setor audiovisual (cinema e programadoras de TV). Em seguida, em dezembro de 2006, o PRO-TVD Conteúdo disponibilizou linhas de financiamento a emissoras de TV para aquisição de obras audiovisuais de produtoras independentes brasileiras ou desenvolvimento de conteúdo próprio.”
Programas de Financiamento: PROCULT PRO-TVD ConteúdoVeja também:Cartão BNDESInvestimento em Fundos: FUNCINEsAções de Patrocínio a Projetos CulturaisAcervos Cinema Espaço BNDES Patrimônio Histórico e Arqueológico

PETROBRAS: acessando o site: http://www2.petrobras.com.br/portugues/ads/ads_Cultura.html “Desde 1994 a Petrobras é a grande parceira do cinema brasileiro. O patrocínio da Empresa a este segmento está presente tanto na produção de filmes de longa e de curta-metragem, quanto em sua circulação pelos maiores e mais significativos festivais em todas as regiões do país, bem como em outras iniciativas de difusão da produção cinematográfica brasileira, como o Curta Petrobras as Seis, o Cine BR em Movimento e o Porta-Curtas Petrobras. A Petrobras está presente também no Cine Odeon BR e no Ponto Cine Guadalupe, em diversas publicações e textos críticos e em projetos voltados para a formação de novos profissionais e de novas platéias, como a Oficina de Audiovisual da CUFA – Central Única das Favelas e a Escola de Cinema Darcy Ribeiro.
A partir de sua Edição 2006/2007, o Programa Petrobras Cultural abriu seleção pública para festivais de cinema, ampliando assim a distribuição regional dos recursos de patrocínio a esse setor. O Programa inaugurou também a seleção pública de projetos voltados à educação para as artes e a apresentações culturais inclusivas, o que, naturalmente, abre espaço para o patrocínio a filmes, vídeos, dvds, etc, oriundos de projetos sociais em todo o país.”
Financiamento foco: investimento em filmes de longa e curta-metragem. O modo de abertura dos patrocínios acontece por meio de edital e todas as pessoas podem se inscrever.
Caso nenhuma dessas informações se enquadre na área que você deseja angariar fundos para o desenvolvimento do seu projeto, outra grande oportunidade é entrar no site: http://www.patrociniocerto.com.br/ e deixar o seu projeto disponível a fim de que outros investidores avaliem a viabilidade de patrocinar seu projeto, seja de qual espécie for. Pois o financiador ao escolher o seu projeto já sabe quais são os requisitos mínimos de financiamento do mesmo.
O projeto desenvolvido pelo grupo “Pallotti Produções” com o vídeo interativo e o Caderno de Atividades “Livres! Somos Livres?” pode entrar em um tipo de financiamento tanto educacional, pois foi desenvolvido para adolescentes e jovens, como pode ser patrocinado como um documentário cultural. Nesse caso, as empresas seriam GIFE, Fundação Roberto Marinho na área educacional e Petrobras no âmbito cultural.